Alguma vez tinha que perder

Infesta caiu na 21ª jornada

A resistência do Infesta durou até pertinho do final da 21ª jornada, quando no último minuto sofreu o segundo golo. Numa partida bem disputada, em que o Infesta quase sempre teve o controlo do jogo, foi demasiadamente perdulario em muitas situações criadas e como diz a tradição quem não marca sofre, e injustamente, o segundo golo dos locais surge ao cair do pano. O sinal mais foi iniciado pelo Infesta ao criar perigo em dois cantos consecutivos, depois deu-se a primeira contrariedade para o técnico Zé Manel ao ter que queimar uma substituição, logo aos 10 minutos, por lesão de Braga. Num período em que a equipa mamedenses dominava, Paulinho deu vantagem ao Infesta, com um potente remate de fora da área. Ainda o Grijó não tinha reagido e o Infesta poderia ter chegado ao 2-0. Pedro Nuno conseguiu adiantar-se aos centrais e, na cara do guarda-redes Hélder, desperdiçou com um remate ao lado. Os muitos adeptos do Infesta aplaudiam constantemente a forma como a equipa se entregava ao jogo, com a bola a ser trocada com bonitas tabelinhas.
Na segunda parte o Grijó reapareceu com outra atitude e criou dificuldades acrescidas ao Infesta. Na sequência de um canto a favor do Grijó, o guarda-redes Miguel tentou agarrar a bola e sofreu falta nos braços, sobrando a bola para Volta, que faz o golo. Esperava-se que o árbitro assinala-se a falta, mas acabou por considerar golo. Dos protestos mamedenses apenas resultaram amarelos para Miguel e Vilas Boas. O Infesta reagiu bem ao golo sofrido e Hélder evitou outra marcação com excelentes defesas.
Aos 65’, Paulinho, bem posicionado, rematou frouxo e à figura. Também de livre, Vitinha rematou forte junto ao poste e ainda houve um golo anulado ao Infesta na transformação de um canto directo, que só Antonio Nogueira detectou falta.
De livres aos 74’ e 76’, Paulinho errou a pontaria. O melhor lance pertenceu a Vitinha II, depois de seguir pela direita rematou em queda para grande defesa de Hélder.
Perto do final, o Grijó acreditou e obrigou Miguel a duas intervenções seguras e na sequência de um canto a bola não foi bem aliviada, sobrando para a entrada da área e, em jeito de chapéu, Dani concluiu, fazendo a reviravolta colocando o resultado em 2-1. Miguel não conseguiu evitar o golo e ainda bateu com a cabeça no poste que, depois de ser assistido, deu para prosseguir nos últimos instantes da partida… e assim, para a história, fica o registo de um ciclo de 20 jogos sem perder.
O árbitro Antonio Nogueira errou nos lances citados e foi muito contestado pelos visitantes.
No próximo domingo, no Campo da Arroteia, outra jornada, para lutar pela vitória, às 15 horas, entre o Infesta – Avintes.

José Manuel Ribeiro - Treinador do Infesta
“Assistiu-se a uma boa partida de futebol e acabei por dar os parabéns aos meus jogadores pela boa exibição que fizeram. Fizemos um grande jogo, merecíamos a vitória, porque fomos os melhores, mas no futebol nem sempre a melhor equipa ganha e isso aconteceu hoje. Estou triste, porque merecíamos ganhar e não por termos perdido. Fizemos um jogo fantástico, talvez o melhor da temporada, contra uma boa equipa, em casa dela, e custa perder assim. Fizemos muitas oportunidades de golo e o adversário acabou por marcar dois golos em dois cantos: o primeiro, oferecido pelo árbitro, que não assinalou uma falta claríssima sobre o nosso guarda-redes que toda a gente viu. No segundo, foram felizes mais uma vez nos ressaltos. O futebol é assim mesmo. Nós continuamos por cima, podemos falhar – hoje falhamos -, mas estamos com uma boa vantagem e depois do jogo de hoje acredito que pudemos chegar ao fim em primeiro lugar”.

Joaquim Sousa

FONTE: Jornal de Matosinhos