quinta-feira, 5 de maio de 2011

Avançados perdulários... adiaram a festa

“Quem não marca… sofre” – é um ditado muito antigo. Apesar de ter dominado por completo, o Infesta teve uma tarde muito perdularia no capítulo da finalização e acabou por ser surpreendido por uma equipa que desde o princípio mostrou que não vinha participar numa festa. O Barrosas surgiu muito determinado defensivamente e teve dois Robertos que foram implacáveis. Na baliza com alguma sorte à mistura Roberto foi intransponível e na frente outro Roberto que numa das raras descidas à baliza do Infesta foi eficaz.
O Infesta pode-se queixar de si próprio, ao não ter tomado as melhores opções perante uma equipa muito fechada. Sem dúvida que foram criadas imensas oportunidades entre as quais quatro bolas ao ferro.
Numa altura crucial do campeonato, era um encontro aguardado com muita expectativa, pois em caso de vitória já poderia neste fim-de-semana festejar o regresso à terceira Divisão Nacional.
De princípio o jogo foi disputado com equilíbrio e só a partir do primeiro quarto de hora, o Infesta passou a dominar por completo, altura que o guarda-redes visitante começou a dar nas vistas ao defender para a frente um remate de Pedro Nuno e na recarga impôs-se ao remate de Paulinho. Aos 21’, Roberto fez nova defesa incompleta, valeu Cláudio sacudir quando Pedro Nuno se preparava para recarregar para o golo. Foi um longo período em que o Barrosas raramente passava do meio campo e o Infesta esbanjava uma série de oportunidades. Aos 30’, Pedro Nuno no interior da área recepciona com um pé e rematou com outro mas Roberto impediu o golo. A melhor sensação de golo surgiu perto do intervalo com Vitinha de livre a fazer a bola esbarrar na trave. Na resposta Peludo de fora da área rematou fazendo a bola passar junto ao poste de Miguel.
O pior estava para vir logo no início da 2ª parte, com Roberto a aproveitar muita passividade na defensiva mamedense, numa das poucas descidas á área do Infesta e a fazer o único golo da partida. O Infesta pensou fazer tudo muito depressa, mas era difícil entrar numa defesa muito coesa e muito concentrada. O desperdício era constante. Aos 50 e 58 minutos, Pedro Nuno poderia ter chegado ao empate, mas errou o alvo. Aos 65’, sensação num potente remate de Vitinha I, Roberto defende com classe para canto. Na sequência do canto, Pedro Nuno envia a bola ao poste. José Manuel Ribeiro bem tentou ao fazer entrar dois homens de ataque, mas tanto Braga como Armando tiveram o golo nos pés, mas a bola não quis entrar. Já em tempo de descontos um livre junto à área e mais uma vez Vitinha I a acertar na barra. Parece que estava escrito que ia acontecer a primeira derrota no Parque da Arroteia.

Treinador do Infesta, José Manuel Ribeiro
“Tínhamos consciência da importância do jogo, não entramos muito fortes, mas a partir dos 15 minutos impusemos um ritmo mais forte e instalamo-nos no meio campo do adversário, as oportunidades surgiram umas atrás das outras e no mínimo foram umas dez, quatro delas nos postes e o guarda-redes visitante esteve impecável e nós não tivemos aquela pontinha de calma para finalizar com qualidade, pronto, faz parte do jogo, nós atacamos mas infelizmente a bola não quis entrar e sofremos um golo de contra-ataque por um erro defensivo e isso falamos ao intervalo que podia acontecer e ai também não fomos competentes e se não tivéssemos sofrido golo também podia ficar 0-0 e era menos mal. Vamos continuar a trabalhar, porque vem ai outro jogo importante".

Joaquim Sousa

FONTE: Jornal de Matosinhos

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