Quando o Infesta caiu na III Divisão, na época anterior, pela primeira vez em quase duas décadas, o objectivo proposto de imediato foi construir um plantel capaz de atacar a subida. Todavia, esta temporada não está a correr de feição, pelo contrario: em vez de ocupar as posições cimeiras da classificação e disputar a pole da subida, o Infesta nunca esteve sequer perto de ombrear com os mais poderosos adversários da Serie B e vai limitar-se a discutir a permanência, partindo para esta aventura com apenas 12 pontos - penúltimo classificado, a par do Serzedelo -, ou seja, existe o risco de, em duas épocas, tombar da II Divisão para os regionais.
O presidente do emblema mamedense, Manuel Ramos, com 77 anos de idade, há 36 na presidência, não quer, porem, ponderar tal cenário: «Estamos todos confiantes na permanência. O plantel não tinha qualidade para a subida, mas chega para a permanência. O nosso técnico, Manuel António apostou mal e, por isso as coisas estão a correr desta forma.»
Insatisfeito com as decisões do treinador, Manuel Ramos pondera uma mudança no comando técnico: «Os próximos resultados vão dar-nos indicações no que respeita a essa questão. O Manuel António gosta muito do Infesta, está no clube há 21 anos, mas houve jogadores que ficaram no plantel que não tinham a importância dos que saíram.»
Quanto à continuidade de Manuel Ramos, há uma forte possibilidade de deixar o clube no final da temporada: «Já tivemos uma reunião para abordar essa situação- O cansaço é diário, pois há muito tempo que deixei de ter tempos livres. Tenho demasiadas responsabilidades. De qualquer forma, posso continuar a ajudar o clube, mas de fora.»
FONTE: Jornal A Bola
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